Como controlar a raiva

Você consegue controlar sua raiva?

Como controlar a raiva

Sabe aquele momento que a gente explode, fala coisas que não deveria, e depois que o “sangue esfria” percebe que se exaltou demais? Como todos sabem, o nome disso é RAIVA!

Para começar, a Raiva é um sentimento instintivo e natural do ser. Logo, você sentirá raiva em algum momento da sua vida – isso é obvio!

Mas, a questão é que, mesmo sendo algo inato, porque muitas pessoas não conseguem controlá-la?

Para respondermos, o melhor é entender o seu funcionamento.

A raiva nada mais é que um mecanismo de autopreservação, sem ela, seríamos permissivos à qualquer situação gerada por um determinado agressor. E isso, claro, não é nada bom!

Ela surge quando nos sentimos: Subjugado, Agredido, Desvalorizado e/ou Inferiorizado.

 Aí, você deve estar se perguntando:

 OK. Se é um mecanismo de defesa para nos proteger de ameaças, é algo natural e que todos nós sentimos, onde está então o problema?

A questão é, não saber controlar!

Algumas pessoas apresentam episódios frequentes de raiva, e que, consequentemente, acaba gerando prejuízos na sua vida, sejam elas no âmbito social (como perda de emprego, amigos, relacionamentos),  ou até mesmo de ordem financeira, quando danificam bens e objetos no momento da raiva, e na maioria das vezes, sentem um grande arrependimento posteriormente.

E, como saber se minha raiva e/o meu comportamento estão fora da linha aceitável e vira um comportamento impulsivo?

Primeiramente, devemos analisar nossas atitudes, como reagimos às frustrações diárias ou, quando alguém em nosso convívio, nos aponte que estamos apresentando alguma desordem comportamental caracterizada por explosões de raiva e violência.

Por exemplo: uma pessoa tem uma crise de fúria, joga coisas, xinga, grita porque a fila do banco não anda. Essas atitudes não são premeditadas, ou seja, trata-se realmente de um impulso que gera muita raiva. As pessoas relatam que, às vezes, por uma fração de segundos, tem consciência do que está ocorrendo, mas não conseguem se controlar. Descrevem que esses momentos são precedidos de excitação crescente, alto nível de tensão, palpitações, aperto no peito, pensamentos raivosos, e vontade de se fazer justiça, e que assim, os levam a fortes impulsos de agir agressivamente.

Identificado essa falta de controle, o melhor é procurar ajuda. O Psicólogo é o profissional capacitado a diagnosticar e determinar a melhor forma de tratamento.

Na terapia, o Psicólogo irá auxiliar o paciente a identificar os gatilhos que levam a raiva, analisar mudanças no modo de pensar e agir, e apresentará técnicas de como lidar com situações conflituosas sem o uso da violência verbal / física.

Abaixo, algumas dicas de como agir em situações comum do nosso dia a dia, que acabam virando gatilhos, e consequentemente, potencializando a raiva e o comportamento explosivo.

No trabalho

Sabe aquele momento que você quer mandar seu chefe para “o raio que o parta”?

O melhor a ser feito neste momento é não responder e sair do ambiente.

Isso mesmo! Sair do local que te estressa por alguns minutos, acaba ajudando você a pensar melhor e não agir impulsivamente. Sair para tomar aquele cafezinho ou até mesmo um copo d´água, é uma ótima estratégia e faz com que passamos a pensar nas consequências.

No trânsito

Acredito que não exista algo mais estressante como o trânsito em uma grande metrópole.

Todo mundo está com pressa por conta de algum compromisso como colégio, trabalho, médico e outros. É tanto barulho por conta dos veículos e buzinas que é impossível não ficar com os nervos à flor da pele.

E o que geralmente tem feito às pessoas apresentarem um comportamento mais agressivo, é a tal “fechada” ou ter o veículos danificado por conta de uma colisão.

O que devemos fazer nesses momentos já que é comum estarmos estressados?

Não agir imediatamente.

Respirar algumas vezes mais profundamente.

Contar até Dez e ouvir uma boa música ajuda bastante.

Afinal, não sabemos o motivo pelo qual aquela pessoa nos “fechou”, muitas vezes não foi propositalmente. E se pararmos para pensar, já fizemos isso em algum momento com alguém, por mais que não houvesse intenção. Discutir com a pessoa, não vai fazê-la melhorar na direção, assim como, agredir o motoqueiro, não vai fazer com que ele ressarça o seu prejuízo.

Relacionamento

Usar a raiva como justificativa para um comportamento que você não gostou, não é o correto. Dizer a pessoa como se sente diante uma situação, é o primeiro passo.

Exemplo: Minha namorada sempre se atrasa e por conta disso, acabamos sempre brigando. Conversar com ela como se sente quando ela se atrasa, acaba dando condição para que ela possa pensar sobre o seu comportamento, e assim, possa alterar sua atitude nos próximos compromissos.

Vale lembrar que este texto, é apenas dicas e não serve como atendimento.

O correto é buscar um terapeuta em sua cidade e trabalhar de forma mais objetiva a sua raiva descontrolada.

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